segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Defenestrações - se é para jogar pela janela as coisas que escrevo, então que seja por esta janela aqui, o da internet..."

Realizamos no dia 17 de outubro de 2009, a oficina do Caderno de Teoria e Prática - TP5 - Estilo, Coerência e Coesão (unidades 17,18,19 e 20), perfazendo uma carga horária de oito horas, na Escola Anselmo Cordeiro Guimarães.
De início, foi passado um vídeo intitulado: BOM DIA!!!Em seguida, os cursistas receberam fichas contendo ditados recriados (o mesmo utilizado no blog Os cegos e os elefantes) para apresentarem da forma que quisessem: declamando, cantando, imitando(....)ou seja, cada qual utilizando seu estilo. Muitos, foram motivos de risos e descontração. Logos após, adaptei uma atividade contida no AAA5-versão do professor (pg.15) para provocá-los a pensar sobre o conceito de estilo. Para isso, foi proposto a leitura das imagens contidas no cartaz, relacionando o estilo de cada

pessoa - neste caso - estilo de vestimentas, aos vários tipos de estilo - linguagem, musical, leitura de livros e de vida. Propus a leitura do texto "Cada um é cada um"- José Roberto Torero - no sentido de compreender a noção de estilo no domínio da linguagem e também do objetivo da Estilística. Utilizamos outra atividade a partir de uma notícia de jornal, com o objetivo de usar palavras fora do cotidiano do aluno, despertando a curiosidade pelo uso do dicionário, com a finalidade de reescrevê-la como uma pessoa conhecida usaria para narrá-la. (Estilos: Lula, Jurista, Xuxa, Faustão).

Falando ainda na Estilística, vimos outras possibilidades estilísticas com as palavras, a partir de uma crônica de Celso Ferreira publicada em um jornal - Palavras são palavras...(pg.36). Dentro desse viés, sugeri a produção de um texto (o mesmo que foi trabalhado na formação) envolvendo estas palavras: hermeneuta, apoplexia, uxoricídio, perfunctório....Mais uma vez o professor utilizar estratégias, no sentido do aluno adquirir auto-confiança em escrever textos. As discussões acerca da oficina foram significativas e proveitosas.
A professora Zilma relatou ter visto um texto semelhante ao que trabalhamos, visto que, continha algumas palavras: defenestração, ignóbil....e outro texto abordando as variações linguísticas, ou maneiras de se contar um assalto por meio de regionalismos.

Estilo Faustão:Ôrra, meu! Está um absurdo a violência no Rio. O corpo de aparentemente 40 anos, foi encontrado morto pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o interessante meu, é que não havia sinais de morte violenta.
Prof.Oriana e Patrícia.

Estilo Xuxa: Gente!Eu tenho uma notícia para falar pra vocês que me chocou bastante!É inacreditável que a violência está aumentando a cada dia, um homem de aparentemente 40 anos foi encontrado morto pelo vigia de uma construção. Gente!Você nem imaginam o local: às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Que o cara lá de cima possa está abençoando o mundo e essa violência acabe!
Prof.Cláudia e Antônia

Estilo Jurista:Senhoras, Senhores, Autoridades eclesiásticas e militares. Encontrou-se esta manhã, um homem em estado deplorável, inerte e que seu estado físico lhe demonstrava seus 40 anos. Um trabalhador noturno de uma construção foi quem o viu neste local, próximo da Lagoa Rodrigo de Freitas. O que mais me chamou atenção é que não apresentava sinais de agressão.
Prof.Jackson e Jorge

Estilo Lula: Estou otimista!Nosso Brasil é um país grande e tenho procurado amenizsar a violência, mesmo assim, as pessoas continuam praticando crimes e o corpo de um homem de aproximadamente 40 anos, foi encontrado às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, mas já progredimos bastante, pois o mesmo não tinha sinais de violência. Companheiros e companheiras!!
Prof.Zilma e Solange

Os incríveis

Era uma vez um garoto chamado muxuango que tinha como seus amigos: Hermeneuta, Sibilino e Falácia.
Certo dia, combinaram fazer um vituperado, porém Sibilino era muito ignóbil e não participou.
Foi uma defenestração total. Hermeneuta e Falácia começaram a namorar. Enquanto isso, Sibilino ficou no perfunctório aguardando a volta para casa.
Seu Birimbau, pai de Falácia, veio a procura da ficha, que ao vê-lo ficou cheia de apoplexia. Contudo, surpreendeu-se com a reação do pai que, simplesmente as convidou para voltar no seu uxoricídio.
Passaram no perfunctório para chamar Sibilino e voltaram para casa muito satisfeitos com o passeio realizado.
Prof.Oriana e Patrícia.

O Hermeneuta

Um hermeneuta chamado muxuango que morava num sobrado, lugar onde esteve toda sua vida, ao ser acometido de uma apoplexia se tornou ignóbil e sibilino. Levava todo seu tempo cuidando das falácias, mais um certo dia descobriu que estava vituperado, desesperou-se, pensou logo no uxoricídio. Pensou melhor e procurou um perfunctório, especialista em vituperado, o mesmo deu-lhe a seguinte recomendação, se quiser ficar bom, defenestre suas falácias.
O hermeneuta muxuango indignado disse ao médico:
- Eu também tenho uma solução! Essa doença vem da ignorância do povo. O melhor remédio é pegar o dicionário e procurar o significado dessas palavras.
Prof.Solange e Zilma

Um índio em Apuros

Uma vez, um Muxuango saiu da sua tribo em busca de um médico para operar sua hermeneuta que estava a ponto de estrangular. Ficou vituperado ao sentir uma dor de barriga e percebeu que a defenestração começava a escorrer lentamente. O pobre Muxuango sem ter o que fazer correu até um banheiro público. Mas era tarde demais, o cheiro ficou insuportável. Ele foi até um perfunctório, comprou um perfume e tomou um banho. Saiu na rua e as pessoas começaram a se olharem e as falácias foram demais. O pobre saiu ignóbil das atitudes das pessoas, não entendiam nada.
O senhor Sibilino, um homem bondoso, levou até ao médico. O médico aplicou um uxoricídio e quando começou a operação descobriu que o homem também sofria d apoplexia.
Prof. Claudevânia e Antônia.


Não faça isso

Jackson -O que aconteceu que você está muxuango?
Jorge: - Não, é que estou assim hermeneuta.
Jackson: - Você se ligue, senão você vai sofrer uma defenestração!
Jorge: - É que conheci alguém que tem apoplexia.
Jackson: - Seja ignóbil.
Jorge: - É que ela é tão falácia.
Jackson: - Estou viturperado com sua decisão.
Jorge: - Que perfunctório da sua parte!
Jackson: - Ela é sibilino?
Jorge: - Não sei, estou pensando em uxoricídio.
Prof. Jackson e Jorge.


No segundo momento da oficina, abordei questionamentos tendo como base um cartaz (adaptação da atividade da pg.71) em que, iniciou nossos estudos sobre Coerência Textual. "Observe as figuras e diga por que você percebe tratar-se de uma montagem". Neste texto, observamos as "pistas" e verificamos que se trata de uma montagem, ou seja, "nosso conhecimento de mundo nos diz que as partes dessa imagem estão em conflito, não estão em harmonia".(pg.71)."È procurando a coerência das imagens - visuais ou textuais - que compreendemos o que vemos ou o que lemos. É esse exercício, semelhante a um "quebra-cabeças" que fazemos quando interpretamos - e compreendemos - um texto"(pg.73). Para compreender melhor, respondemos oralmente a atividade 2 (pg.74). Observe o diálogo:
- Maurício: Que horas são?
- Daniel: Calma!O ônibus ainda não passou.
- Maurício: Mas o céu parece estrelado...
- Daniel:É assim toda sexta-feira!
1. Por que a conversa parece absurda?
2. O que seria, por exemplo, uma resposta coerente para a primeira pergunta?

Visando explorar os AAA´s respondemos a atividade da página 59 - professor (Unidade das imagens) com o objetivo de identificar como se constrói a unidade de sentido nos textos de imagens.


Retornamos às 13:00 para focalizar nossos estudos nos mecanismos da coesão textual (referencial, sequencial). Dando continuidade, distribui a cada cursista um "flashcard" para a partir deste, construir uma história com início, meio e fim. Depois de finalizada, entreguei outro "flashcard" contendo os conectivos: e, porém, todavia....Agora incluindo na história que criaram, esses conectivos.
Com a ajuda de uma "lupa", brinquei com a turma que iria utilizá-la para ver ampliadas as marcas textuais para compreender melhor o que se lê, fazendo uma leitura mais atenta e investigativa quanto às informações contidas nos textos. (Ativ.da página 83 - AAA5-professor).
Surpreendentemente, a professora Zilma nos presenteou socializando conosco os textos "O assalto - de autor desconhecido - e "Defenestração" de Luiz Fernando Veríssimo, devorando na leitura dos mesmos.
Continuando nossa "costura" foi posto em análise a coesão referencial a partir do texto "Segredos da seda", respondendo as questões 1 até 5, e analisar também mecanismos de coesão sequencial (ativ.12, página 150).


Finalizamos as oficinas com a exploração da atividade 1 - AAA5 - professor - página 105, para organizar as informações "Uma história sem pé nem cabeça". O momento de "Socializando as lições de casa", foi apresentado alguns textos orientados pela Professora Oriana (Avançando na prática -pg.182 - TP4) - Construção de andaimes.







Como a proposta do GESTAR II é construir conhecimento, tendo como embasamento o sócio-construtivismo, passei uma reflexão em cima do trabalho em grupo, por meio da reportagem da Revista Nova Escola - "Como agrupo meus alunos? - Março de 2009, com a incumbência de entregar a cada cursista essa reportagem, entregando também a sugestão de códigos de revisão de texto.
" Trabalhando juntos os que têm saberes diferentes é uma forma poderosa de fazer todos aprenderem. Esses agrupamentos está baseado em conhecimento produzido desde o início do século XX por pesquisadores de diferentes áreas. O psicólogo Vygotsky (1930) já chamava atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem. Em A Formação Social da Mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda de outros. Trabalhar em grupo, então, não é apenas importante, mas fundamental para ele".(pg.36,37)






FLASHCARD - CONECTIVOS









FLASHCARD - FIGURAS DE PESSOAS PRATICANDO ALGUMA AÇÃO.





Abraços, Betânia (formadora).

TEXTOS

Assaltantes Regionais
Assaltante Nordestino
Ei,bichim...
Isso é um assalto...Arriba os braços e num se bula nem se cague e nem faça bagunça...Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim senão enfio a peixeira no teu bucho e boto teu pra fora!" Perdão meu Padim Ciço, mas é eu tô com uma fome de moléstia...

Assaltante Mineiro
Ô sô, prestenção...Isso é um assalto, uai...
Levanta os braços e fica quetin que esse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logos os troado que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o que uai!!

Assaltante Gaúcho
Ô guri, ficas atento...Báh, isso é um assalto. Levantas os braços e te quieta, tchê. Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.

Assaltante Carioca
Seguiiinnnte, bicho...Tu te fudeu. Isso é um assalto...
Passa a grana e levanta os braço rapá...Não fica de bobeira que eu atiro bem pra caralho...Vai andando e se olhar pra trás vira presunto...

Assaltante Baiano
Ó meu rei...( longa pausa)
Isso é uma assalto...(longa pausa)
Levanta os braços, mas não se avexe não...(longa pausa)
Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...Vai passando a grana, bem devagarinho...(longa pausa)
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado...Não esquenta, meu irmãozinho, (longa pausa)
Vou deixar teus documentos na encruzilhada...

Assaltante Paulista
Ôrra, meu...Isso é um assalto, meu...alevanta os braços, meu.
Passa a grana logo, meu...
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu...Pô, se manda, meu...

Assaltante de Brasília
Querido povo brasileiro, estou aqui, no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: água, energia, esgoto, gás, passagem de ônibus, licenciamento de veículos, seguro obrigatório, gasolina, álcool, imposto de renda, IPI, ICMS, PIS, CONFINS.

Defenestração


Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia negra. Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria. - Os hermeneutas estão chegando!
- Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada... Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alô....
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser um barulho que o corpo faz ao cais na água. Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas.
Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam.Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais. Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..."Era uma palavras cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:
- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer?
Defenestrada. Mesmo errada, era a palavras exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. (...)

VERÍSSIMO, Luis Fernando. "Defenestração". O analista de Bagé.





quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Avançando na Prática - TP4

Lições de Casa
Neste espaço, contém um resumo de algumas atividades propostas no Caderno de Teoria e Prática - TP4, enfatisando o tema "cidades", realizados com os alunos de Santa Cruz - PE.

"Primeiro foi abordado o conhecimento prévio dos alunos em relação à sua cidade. Foi entregue a cada dupla uma xerox do texto "Nossas cidades" fazendo sua interpretação, e perguntas atendendo ao nível dos alunos. Depois, trabalhamos com o poema "Cidadezinha qualquer" para que pudessem levantar hipóteses: como seria essa cidade? O que nela existia? Após esse processo, estudamos os poemas "Canção de Exílio" - Gonçalves Dias e " Homenagem a Santa Cruz" - Jackson Amorim, comparando e verificando quais sentimentos estavam sendo expressados em ambos os textos. Para concluir, os alunos produziram um poema referente à sua cidade. Foi bastante proveitoso"
Maria Elieuma - 7ª série D.

"Solicitamos aos alunos pesquisas de gêneros textuais relacionados ao amor pelo lugar de origem ou pela pátria. Aos quais foram pesquisados: Cidadão (Zè Ramalho), Caminhando e Cantando (Geraldo Vandré), Canção de Exílio (Gonçalves Dias), Hino de Santa Cruz e o Hino do Brasil. Cada equipe expôs seu trabalho à vontade, sendo que foi muito divertido e rico em aprendizagem, pois cantaram, recitaram poema, refletiram e discutiram com o grande grupo. Dentre essas discussões, fizeram um paralelo dos pontos positivos e negativos da nossa cidade. Surpreendemo-nos com a visão crítica-reflexiva dos educandos ao demonstrarem o amor pelo seu lugar, porém abordaram as falhas e desvantagens em viver nesta cidade. Solicitamos que produzissem um gênero textual a sua escolha sobre "o lugar onde mora". Esse trabalho foi excelente, pois desenvolveu a leitura e a escrita dos alunos nas produções realizadas, além da interpretação e do senso crítico, visto que, muitas vezes não há ocasiões para expressarem seu ponto de vista"
Dvanete e Oriana - 8ª B , D

"Através do poema "Cidadezinha qualquer" - Carlos Drummond de Andrade, conversamos sobre a cidade na qual residem e em outras que eles conhecem. Alguns expicitaram eventuais desejos quanto a morar ou viajar para outras cidades. Fizemos a leitura do poema "Canção de Exílio", onde observamos a valorização do poeta por sua terra natal, dando ênfase à fauna e a flora. Por fim, expliquei que através da 1ª estrofe do poema, o que era uma quadra e como produzi-la. Em seguida, produziram quadras com o tema "Minha cidade". As produções foram expostas na sala de aula depois de apresentarem ao grande grupo".
Claudevânia - 8ª E.

"Trabalhei nas turmas de 5ª série os aspectos socioeconômicos e culturais sobre a cidade de Santa Cruz. Levei textos relacionados à preservação da sua cidade. Visitaram alguns pontos turísticos da cidade como a igreja, o Cruzeiro da Serra de Frei Damião (conhecido como Morro da Cruz); levei algumas fotos das festas como o "Encontro Musical", "Feira de Caprinos e Ovinos," dentre outros. Confeccionaram cartazes relatando a cultura, as festas, destacando também a religiosidade".
Jackson Amorim

MINHA CIDADE

Minha cidade embora pequena
É tranquila e serena
Com seu povo acolhedor
Santa Cruz tem seu valor.

Como toda cidade
Santa Cruz tem seus problemas
Mais morar nela
Vale muito a pena.

Apesar de muita gente
Não terem como se alimentar
Santa Cruz é terra boa
Para plantar e cultivar.

Santa Cruz é nossa terra
Santa Cruz é nosso lugar
É uma cidade pequena
Que devemos valorizar.

Não tem tudo que queremos
Mas tem o pouco que necessitamos
Mas é lutando e vencendo
Que Santa Cruz vem crescendo.
Maria de Fátima e Rafaela Melo - 8ª B

Minha Cidade
Santa Cruz

Cidade jovem,
de povo guerreiro
Batalhador.

Cidade bela,
Entusiasmada
Com seu futuro promissor.

Aonde todos se conhecem,
E compartilham
O mesmo amor.

Este amor
Que Santa Cruz produz
No seu povo trabalhador.

Santa Cruz, terra querida
Embora pacata
Mas se valoriza
Com seu povo a brilhar

Terra da gente,
Terra a queimar,
Onde o sol esquenta
No nosso pomar.
Débora Caroline e Regimária - 8ª B

Minha cidade
Meu lugar
Minha terra
Onde meu bem está.

Minha cidade
Minha fortaleza
Uma fonte
Pra nossa riqueza.

Minha cidade
Minha terra,
Cheiro de cravo e canela.

Minha cidade
È uma surpresa
Com paz e estranheza.

Minha cidade
È dez
MInha cidade
É mil
Minha cidade é a melhor
Cidade de se viver no Brasil.
Ana Flávia, Caroline - 8ª B

Santa Cruz é uma cidade
Que é cheia de harmonia
É muito simples e pequena
Mas tem muita alegria.

Nossa cidade está com
Dezoito anos de história
E a origem de Santa Cruz
O povo traz na memória.

O nosso primeiro Padre
Foi o senhor Frei José
Homem de muita coragem
E também de muita fé.

No mês de julho tem
A grande Romaria
Vem vários visitantes
Aí é que traz alegria.

Os romeiros sobem o morro
Com a paz e a fé
Vão com muita coragem
E também muita fé.

Eles vão pedir bênçãos ao
Padrim Frei Damião
Esse que já foi exemplo
Para a nossa região.
Elinária - 8ª E

Santa Cruz maravilhosa
De povo trabalhador
Andando pelo caminho
Com paz, fé e amor.

Santa Cruz é uma cidade
De muita tradição
Tem festa no espaço dez
E quadrilhas de São João.

A festa da cidade
Vamos todos comemorar
De bandeira na mão
Vamos o hino cantar.

É tempo de Romaria
Todos juntos vamos rezar
Na subida do morrinho
A cruz vamos venerar.
Joyce Vanessa - 8ª E




domingo, 4 de outubro de 2009

Estudo Final do TP4











"ler é um engajamento existencial que deve ser despertado no indivíduo desde muito cedo, no início de sua trajetória humana. Por isso tem de acontecer pelo viés do lúdico, do prazer; da brincadeira gostosa na qual se vai jogando com todos os fantasmas do inconsciente"


No último sábado 26 de setembro de 2009, na Escola Municipal Anselmo Cordeiro, aconteceu a 5ª oficina do GESTAR II em Língua Portuguesa através da Secretaria Municipal de Educação - Santa Cruz - PE. De início, entreguei por escrito"O que é e por que usar o portfólio? de Cedna Maria Silva Lelis, a cada cursista, explanando seu real significado, e que a sua construção possibilitará uma avaliação formativa tanto na aprendizagem do aluno quanto do professor. Em seguida, comentei sobre a "Avaliação Diagnóstica" de entrada - Português e Matemática - foi também enviado um cd contendo provas para aplicação nas escolas.

Os vídeos "Paisagem de Interior e Matuto no cinema", ambos de Jessier Quirino abriram de fato nosso encontro com risadas e sentimentos de valorização cultural, presentes neste vídeo. Nossos estudos partiram do Caderno de Teoria e Prática - TP4 - unidades 15 e 16, que tem como tema motivador "cidade" - diversidade cultural, explorando a leitura e a escrita.

Utilizei uma atividade AAA4 do professor (páginas 97-98) para que em duplas ordenassem os textos, com o objetivo de ler para aprender; conhecer a estrutura do texto e saber reconhecer durante a leitura as pistas que o próprio texto oferece. Após, fiz a leitura dos objetivos da unidade 15:
  • Conhecer as várias funções e formas das perguntas, na ajuda à leitura do aluno;
  • Utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto;
  • Utilizar procedimentos adequados para atingir o objetivo de ler para aprender.
Com o intuito de iniciar nossas discussões, fizemos a leitura do texto "Por que meu aluno não lê?"(páginas 147-148) e respondemos oralmente as questões da página 149. Através deste, o espaço foi de conhecer as várias funções e formas de perguntas na ajuda à leitura do aluno, que segundo Kleiman, para despertarmos o gosto do aluno pela leitura, primeiro devemos ser leitores, ter paixão pela leitura, ou seja, viajar no mundo da imaginação, utilizando, principalmente, procedimentos adequados para atingir o objetivo central que é ler para aprender. Um dos passos importantes para ajudar o aluno a ler para aprender, o caderno TP4 traz sugestões claras na página 138:
Agora, releia o texto para a chamada "leitura compreensiva". Nesta segunda leitura, ao contrário da primeira, detenha-se quando e quanto achar necessário. Nessa leitura, seria bom ter um lápis à mão, porque você pode fazer marcas no texto. Procure seguir estes passos:
A)Se alguma palavra ficou obscura na primeira leitura, sublinhe-a, só quando estiver passando por ela. Você vai ver se é necessário procurar conhecer seu significado mais preciso para entender o texto, ou se seu significado vai construir-se na própria leitura. Liste as palavras para as quais você considera imortante a consulta ao dicionário.
b)Sublinhe a ideia ou as ideias que lhe parecem mais importantes em cada parágrafo. (Lembre os cuidados na determinação delas: não sublinhe exemplos, repetições, etc).
c) Marque os termos de relação entre as ideias.
d) À margem, você pode, se quiser, fazer marcas para indicar trecho que não compreendeu (?), ou que você considerou muito bom (!), ou discutível (?!).
Todos esses sinais vão ser úteis para facilitar sua releitura. Apenas tome o cuidado de não marcar demais o texto, sob pena de perder-se no emaranhado de sinais.)

Nossas perguntas têm ajudado nossos alunos a procurarem caminhos para a leitura de lazer, ou para a busca de mais informações, ou para confronto de opiniões e formas de viver?
Abordei o cursistas sobre os tipos de perguntas que fazemos; em que lemos e discutimos procurando esclarecer que as perguntas exigem de nós posturas diferentes. (páginas 121 - letras A-D).
A - Se a questão pede apenas a extração de dados claros no texto, podemos pretender uma resposta praticamente igual de todos os alunos. Se houve discrepâncias, nosso trabalho será o de ajudar o aluno a reler o texto para encontrar o dado pretendido.
B - Se a pergunta supõe inferências, e elas caminharam para uma compreensão inadequada ou incorreta, temos de buscar, por meio de outras perguntas, a forma de garantir respostas possíveis para o texto.
C - Se a pergunta pressupõe respostas variáveis, em função de valores, nenhuma pode ser considerada "errada", embora possa merecer comentários e registros do professor, se se tratar de um preconceito, de uma intolerância. Esses casos são muito delicados, mas o professor deve procurar argumentos que evidenciem, não o "erro", mas formas diferentes de ver a questão. Não será um problema superado imediatamente, e pedirá do professor outros textos e outras situações para a abordagem da questão.
D - Se a pergunta vai no sentido da expressão do gosto do aluno, não há respostas erradas. No máximo, o professor pode registrar as opiniões para orientálo em outras escolhas de texto. Nesse caso, a discussão com os colegas é de grande valia, não só por apresentarem outras opções, como também para se criar o respeito às posições diferentes. Esse "gosto diferente" e nem sempre muito apurado mostra claramente a necessidade de propiciar aos alunos um contato com textos diversificados e de qualidade.


Precisamente, às 10:00h demos uma pausa para o lanche. E voltamos rápido para fechar essa unidade. Mas antes de terminar a unidade 15, a professora Solange fez a leitura de seu memorial, visto que os cursistas irão me entregar na próxima terça-feira (29 de setembro).
Através da seguinte pergunta: COMO VOCÊ MINISTRA SUAS AULAS DE REDAÇÃO? Foi o pontapé inicial para trabalharmos a unidade 16 - Produção textual - crenças, teorias e fazeres, com os seguintes objetivos:
  • Identificar crenças e teorias que subjagem às práticas de ensino da escrita;
  • Relacionar as práticas comunicativas com o desenvolvimento e o ensino da escrita como processo;
  • Identificar dimensões das situações sociocomunicativas que auxiliam no planejamento e na avaliação de atividades de escrita.
Em seguida, discutimos o texto "A redação e o dicionário" de Lygia Bojunga Nunes, e respondemos as questões 1 e 2 (páginas 170-171). Essas discussões foram proveitosas, visto que, o assunto em questão foi à produção textual, em contrapartida, a autora retrata uma prática comum nas aulas de redação, que é restrição à correção do texto: ortografia, acentuação e, tratando os elementos coesivos superficialmente. Para aprofundar melhor esse assunto, o TP5 irá discutir detalhadamente sobre produção textual - coesão e coerência. Também utilizamos um texto de apoio "As minhas não-férias". Trouxe à tona, os mitos e crenças às práticas de ensino da escrita, e muitas vezes, essas crenças nos levam a formar preconceitos no nosso dia-a-dia e no nosso fazer em sala de aula.
1. A escrita é uma transcrição da fala.
2. Só se escreve utilizando a norma padrão.
3. Todo bom leitor é um bom escritor.
4. Na escola escreve-se para produzir textos narrativos, descritivos e dissertativos.
Esses tópicos foram bem assistidos coletivamente, trazendo reflexões e mudança de postura frente aos nossos fazeres em sala de aula.
O momento de socialização do "Avançando na prática", mais uma vez, sinto o entusiasmo do professor frente à proposta do GESTAR II.

Em breve colocarei as produções "Lição de Casa".

Sucesso,
Betânia (formadora)








sábado, 3 de outubro de 2009

MEMORIAL DE LEITURA

Eu, Oriana Marques de Sá, nasci no dia 21.05.1975, na cidade de Petrolina-PE. Ganhei esse nome escolhido pela minha mãe que tinha lido em um romance. Apesar de ser de família humilde, sempre recebi o incentivo dos meus pais para o estudo. É muito difícil falar de si próprio, porém me considero uma pessoa simples, que sonha por um mundo melhor, onde desejo contribuir na construção de uma educação de qualidade. Não gosto de mentiras nem de injustiças.
Iniciei os estudos aos 4 anos de idade no pré-escolar. Não recordo muito com relação ao processo de alfabetização, mas marcou muito nesta fase de minha vida as canções e os brinquedos que tinha na escola. A música "Peixe Vivo" nunca vou esquecê-la, pois todos os dias era cantada. Nessa fase da minha vida houve um estudo profundo da leitura de mundo com relação a valores como o respeito ao meu ambiente, respeito ao próximo, amor, amizade, solidariedade, etc. Tenho bastantes recordações de momentos nos quais esses valores estiveram presentes. Ingressei no ensino fundamental I com sete anos com a professora Neuzinha, que me marcou pela sua simpatia e tranquilidade. Com ela aprendi a ler e a gostar do sitio do Pica Pau Amarelo, pois estava no auge na TV e a professora falava muito no autor Monteiro Lobato e em outras obras do mesmo autor. A Escola Eduardo Coelho tinha também na sua biblioteca um lado somente com a exposição de livros da coleção de Monteiro Lobato. Lia bastantes livros, principalmente da turma da Mônica, não sei ao certo qual foi o primeiro, porém o que mais marcou na minha infância foi "Meu Pé de Laranja Lima", que relata sobre a amizade de um garoto com essa planta, desabafando seus problemas tanto familiares, como na escola com os colegas, sendo que a professora gostava muito dele.
Tive boas professoras no ensino fundamental II. A aula mais marcante foi na 5ª série, com a professora Lisiê Brandão da disciplina de Educação Artística, pois apesar de ser dessa disciplina não abordava somente pinturas, desenhos e colagens. Certo dia, ela orientou a turma sobre os hormônios femininos e masculinos, os alunos ficaram com o rosto vermelho de vergonha, porém sua aula foi bastante enriquecedora, visto que a maior parte dos pais nesse tempo, não falava com seus filhos sobre esse assunto. Lembro chegando em casa e relatando algumas coisas. Meu pai ficou "bravo" querendo ir falar com a professora, mas minha mãe que também lecionava na mesma escola, conhecia a professora e acalmou meu pai explicando que era assim mesmo.
Minha recordação da disciplina de Língua Portuguesa era o estudo profundo de verbos, onde tinha muitas vezes a chamada oral. Confesso a todos que não era fã dessa disciplina, mas sim, de matemática. Entretanto, ao ingressar no magistério (hoje normal médio), percebi que seria difícil entrar em uma faculdade de Matemática, ou que esta se fizesse presente, devido o curso não oferecer nesse período conteúdos dessa disciplina em nível de 2º grau e preparatórios para vestibular.
No magistério, o professor que tinha mais admiração era a professora de prática: Geovana, pela sua calma e pela forma que tratava aos alunos: sempre carinhosa, compreensiva, mas dura quando necessário. Sem dúvidas, essa também foi a disciplina que considero de suma importância na minha formação, pois através da mesma, adquiri conhecimentos não só na teoria, mas também na prática. Nunca considerei nenhuma disciplina inútil, nem mesmo "artes e religião", as quais são tidas por muitos como desnecessárias, ao contrário, considero-as das mais importantes, pois descobre talentos e ensina valores esquecidos por muitas famílias. Nessa época, a leitura que marcou meu 2º grau, foi Dom Casmurro de Machado de Assis, no entanto, na minha vida foram vários romances, visto que era fascinada por leitura dos romances como "Sabrina, Bianca e Júlia" e creio que contribuiram muito na minha leitura e interpretação de textos.
Por não gostar da disciplina de Língua Portuguesa, fui incentivada pela minha mãe a escolher o curso de Letras como um desafio, e para minha surpresa, identifiquei-me muito a partir do encontro com a professora Iolanda. Uma professora fantástica, que sentia prazer em mostrar detalhes por nós, muitas vezes despercebidos para compreensão de determinados conteúdos. Além disso, encantava com sua oralidade e com seus conhecimentos em livros literários, despertando o desejo pela leitura dos mesmos, como por exemplo, O primo Basílio de Eças de Queiroz.
Minha vida estudantil, portanto, teve grandes educadores que deram sua contribuição, inclusive meus pais e o grande mestre Jesus, sempre presente na minha vida, mas será, sem dúvida, "eternamente Iolanda" a formadora que despertou meu desejo pela leitura e a responsável pela professora de Língua Portuguesa que sou hoje.




Falar dos tempos de infância torna-se até interessante, pois faz-me viajar, refletir e orgulhar dos obstáculos vencidos. Foram tantos, que na inocência da infância, nem imaginava que tudo que vivi, faria-me tão bem hoje na vida adulta. Lembro-me que ainda pequenina, costumava acompanhar minha tia, também professora, até a escola que trabalhava, pois a mesma trabalhava no interior, andávamos distâncias de bicicleta, eu na carona, já que era tão pequena. Recordo-me que não tinha idade para matricular, mas exigia meu caderno e meu lápis, enquanto ela lecionava suas aulas, eu a observava.
Venho de família que tem no sangue essa profissão - professor - hoje alguns caíram na desilusão, desacreditaram e optaram seguir outra que não fosse professor, mas eu continuo forte e a cada dia tento reacender em meu ser essa esperança de que o professor ainda voltará a ser valorizado, não somente pelo financeiro, mas principalmente, pelo reconhecimento e pela importância que exercemos na sociedade.
Desde muito jovem, eu gostava de observar, de tentar compreender melhor o ser humano, para a partir daí tentar ajudá-los. Nunca pensei em cursar outros cursos que não fosse para formar-me em uma educadora, porque palavras encantam-me e seduzem-me o olhar atento de cada aluno, fazendo vibrar, sorrir, assim como o desinteresse, as dificuldades de alguns, me fazem ficar noites tentando buscar soluções para despertar neles o amor, a magia que os estudos nos trazem.
Em muitos momentos, busco inspiração naqueles que me ajudaram a conquistar o sonho, nos amados professores como tia Marina (no jardim da infância) que com sua doçura envolvia-me no mundo encantado dos contos, do som suave de sua voz cantando músicas que embalavam os meus sonhos; da Gilmar (no colegial) que com sua sabedoria sobre ciências, fazia seus paralelos entre o Homem e a Ciência; minha tia Cristina (aquela que quando criança acompanhava até o seu trabalho), me ensinou a compreender melhor o Homem e a sua História, entre outros que compartilharam comigo os seus conhecimentos, e Márcia Rosa (universidade) que com sua elegância e domínio da nossa língua, encantava-me no mundo mágico das palavras, e é claro, inspiração maior nos meus queridos pais, que apesar das dificuldades vividas, sempre priorizavam nas nossas vidas (eu e meus irmãos) os estudos, o tesouro, o bem maior que os pais podem oferecer aos seus filhos.
Iniciei muito cedo a minha profissão, precisamente no ano de 1994, cursava ainda o 3º ano magistério, quando Gilmar (lembra? aquela professora de Ciências no ensino fundamental II) convidou-me para substituí-la. Ao receber o convite, fiquei lisonjeada, feliz, apreensiva e nervosa. A partir deste ano não parei mais. Lecionei por vários anos, nas turmas de multisseriados, logo em seguida, voltei a ser convidada para lecionar na escola onde cursei boa parte da minha vida estudantil, passando por todos os processos burocráticos existentes, ou seja, trabalhei como estagiária, bolsista, substituta, até Deus iluminar ainda mais o meu ser, abençoando-me com a aprovação de 02 (dois) concursos públicos municipal, comprovando assim, que temos que ser batalhadores, persistentes e acreditarmos sempre em Deus, não nos deixarmos vencer pelas dificuldades.
No ano de 2001 (dois mil e um) cheguei a esta cidade que hoje moro - Santa Cruz da Venerada - costumo falar que Deus usou Wilma (colega de trabalho) como anjo na minha vida, porque foi através dela que descobri esta cidade, porque eu não a conhecia. Desde então, venho desenvolvendo meu trabalho profissional, buscando a cada momento, ajudar a esta comunidade, sendo que aqui construí minha família, fiz amizades, procurando compartilhar meus conhecimentos e adquirindo muito mais com aqueles com quem convivo diariamente, meus alunos.
Embora as problemáticas vivenciadas na Educação, tais como, desinteresse dos alunos, falta de recursos físicos e estruturais nas escolas, falta de parceria Família X Escola, desânimo de alguns colegas de profissão, etc. O que não podemos permitir é que como profissionais formadores de cidadãos críticos e ativos na sociedade, não nos deixemos cair na angústia e queiramos deixar de lado as nossas responsabilidades, apesar de tudo, somos também responsáveis pelo progresso e sucesso da Educação em nosso país, portanto, procuremos honrar a nossa profissão.

Dvanete Nunes Barros.



UMA PALAVRA, UM GESTO, UM SIMPLES OLHAR - FICA PERMANENTE NA MEMÓRIA DE ALGUÉM.

Era uma bela manhã de setembro, parei um pouco a correria do dia-a-dia, logo comecei a refletir sobre a minha trajetória como educador. E nesse dia, fiz uma reflexão profunda sobre o papel do professor, para o desenvolvimento sócio-econômico e culturas de um povo, de uma nação. Mas, se perguntássemos a algumas pessoas, qual o profissional responsável para desenvolver um país socialmente, economicamente e culturalmente? Tenho certeza que nem todos responderiam que é o professor. Contudo, sabemos que é o professor que forma todas as profissões, que ensina para a formação pessoal, profissional, enfim, é o professor que ensina para a vida, e ainda é na educação juntamente com todos os profissionais da mesma, que luta muito pelas justiças sociais, para termos menos desigualdades e mais oportunidades para todos. Por esta razão, faço esse relato homenageando aquelas pessoas que foram tão importantes na minha formação, que foram meus professores, juntamente com meus pais, que sempre me incentivaram para com os meus estudos. Graças a Deus, sempre fui muito dedicado para com os meus estudos, e também sempre tive o precioso e incondicional apoio dos meus pais. Iniciei meus estudos na Escola Dr. Sérgio Figueiredo, com a professora Nazaré Coêlho. Depois, estudei na Escola Alto Bonito, com a professora Maria Raimunda Ribeiro e conclui meu ensino fundamental I, na Escola Petronilo Francisco Soares, que hoje é a sede do Mãe Coruja. Tive bons professores no meu antigo primário, e todos marcaram. Tive vários livros, quero destacar uma lição do livro de 1ª série, pois hoje em dia tenho o texto todo em mente, o texto se chamava: Rita Vai ao Rio. Todos os meus professores foram marcantes na minha vida, todos contribuíram positivamente para a minha realização pessoal e profissional. E as aulas marcantes, eram as aulas da saudade, que sempre fazíamos nos finais de ano. Em relação à biblioteca, apesar de não termos um acervo cultural diversos, não foi por esta razão que deixei de aprender algo novo, pois sempre me dediquei para ir atrás de novos conhecimentos.
No meu ensino médio, cursei o magistério na Escola Anselmo Cordeiro Guimarães, onde terminei o ensino fundamental II, a qual também tive bons professores, sempre achei todos os conteúdos de ampla importância, pois sempre fazia as atividades com muita dedicação.
Cursei o 3º grau na Faculdade de Formação de Professores de Araripina (FAFOPA), terminei Letras em dezembro de 2000, foi uma experiência muito boa, embora foi muito sacrificante o período que estudei na faculdade, pois na época do meu estágio, lecionava aqui em Santa Cruz - PE, nas turmas manhã e tarde e estudava à noite na faculdade, e ainda tive que estagiar no período da manhã, na Escola de Aplicação de Araripina - PE, nas séries de 1º ao 4º anos, do 2º grau. Enfim, lutei muito para conseguir meus objetivos, aprendi muito a amar mais a minha profissão, a ministrar melhor as minhas aulas, e sei da minha responsabilidade para a formação de uma pessoa, o quanto cada professor tem uma parceria positiva ou negativa na vida de uma pessoa, por isso, lembre-se uma palavra, um gesto, um simples olhar poderá fazer a diferença na vida de uma pessoa.

Jackson Amorim