sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Poema - Santa Cruz

Agora vou falar
das coisas boas da vida
como por exemplo
as datas comemorativas

O ano começa com
uma confraternização
tem a romaria que é
uma festa de muita animação

Ano novo vida nova
todo mundo a sorrir
início de mais um ano
e prontos para curtir

É o natal das comunidades
O dia de cada cristão
Rezar, por mais um ano e
Pra alcançar a salvação.

Já o mês de fevereiro é
O mês de carnaval
Todo mundo lá no
Samba venha ver como é legal

Chegou logo com vontade
Venha com o samba no pé
Mostre a sua raça e
Ensine como é que é

O carnaval é uma beleza
E todo mundo quer sambar
É muita bateria, e
Alegria para dançar

Março volta às aulas e
Tem o dia da mulher
Todo mundo comemora
Como, quando e onde quiser

Todos muito alegre quer
Voltar a estudar
Pra aprender na vida
O futuro valorizar

Já o dia da mulher
É um dia essencial
Por que se não fosse as
Mulheres os homens estavam mal.

Abril tem a semana santa
É o tempo de rezar
Por aquele que morreu e
Deu a vida para nos salvar

É sempre um mês sagrado
Que já é tradição
Jesus morreu por nós para
Nos dar salvação

Jesus morreu para nos salvar
Toda a humanidade
E que todos percebam o
Seu gesto de generosidade

Em meio às festas do padroeiro
Que tem muita animação
O povo chega feliz e com
A paz no coração

Com muita alegria
Festejamos a venerada
Que representa a nossa origem
E os vaqueiros na estrada

Este mês é o mês de
Muita luz
Pois foi o tempo que
Os vaqueiros encontraram a cruz.

Em junho chega
O são joão
Que basta para sacudir
Com a região

O São João é uma brincadeira
Que é muito popular
Onde todas as pessoas
Adoram participar

Tem quadrilha e pipoca
Milho verde e quentão
Venha curtir o momento que
Não vai faltar diversão.

Em julho vem a
Grande Romaria
Vêm vários visitantes
É a maior alegria

Os romeiros são de coragem
E também de muita fé
Vão até o cruzeiro subindo
O morro a pé

Vão pedir bênção do
Padrim Frei Damião
Que até hoje é um exemplo
Para nossa região.

Querido amigo estudante
Hoje é o seu dia
Agradeça o nosso Pai
Por sua sabedoria

Aquele que é formado por fé
Da vida está feita
Tenha sempre certeza que
A vida é sempre perfeita

Pra aquele que vencer
Deve ser forte e lutar
Enfrentar os obstáculos que
A vida nos dá.

Vem logo na frente a
Festa tradicional
De caprinos e ovinos que
Balança a população em geral

Venha curtir essa festa
E traga sua firmeza
Pois eu garanto a você
Essa festa é uma beleza

Com a festa de caprinos
Santa Cruz vai balançar
O povo com entusiasmo
Chega para arrasar.

Outubro é o aniversário
Da nossa cidade
Que é a história e
Nossa dignidade

Com 18 anos de história
Esta é a nossa cidade
É muito simples e pequena
Mas esta é a verdade

Aí se comemora
A festa de emancipação
E o povo com alegria
Comemora de coração

Na inauguração do hospital
Voce não pode perder
Amado Batista e Léo Magalhães
Você não vai esquecer

Traga sua alegria
E venha com animação
Vai ser tudo de bom
E você não falte não

Todos estão convidado
E você não vai faltar
É imperdível e você vai adorar

Chega o final do ano
Tem muita animação
Natal, formatura e
Também conclusão

Agora já é natal
Tempo de despedida
Agradecemos a Deus
Por mais um ano de vida

Natal é nascimento
É sinal de muita luz
Pois nesse dia nasceu o
Menino Jesus

Ouvimos o tocar do sino
E a estrela a brilhar
E sempre o Papai Noel
Que sempre vem alegrar.

(Eliária Alencar - 5ª E)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

TP6 - relatório

Realizamos no dia 07 de novembro de 2009 (sábado), a oficina do Caderno de Teoria e Prática - TP6 - Leitura e Processos de Escrita II, dando continuidade ao trabalho com gêneros com o estudo da argumentação (unidade 21), unidades 22 e 23, continuando com os estudos com a produção textual, tratando das fases de planejamento, escrita, revisão e edição e, na unidade 24, trataremos sobre os tópicos da literatura para adolescentes, perfazendo nesta oficina uma carga horária de oito horas, na Escola Municipal Anselmo Cordeiro Guimarães.
Com o intuito de aquecer a turma para esse encontro, utilizamos imagens de "Propagandas" diversas e um texto "Dona Genoveva", que serviu de descontração, inferências e verificação das finalidades de cada um, cada qual utilizando argumentos variados, visto que nestas duas abordagens, utilizamos a linguagem, que estamos implicitamente querendo convencê-los de nossas ideias (pg.16). Convidei todos para apreciarem o vídeo "Hino Nacional Patrocinado", em que cantamos essa nova versão, com todo estilo, utilizando neste, a intertextualidade (que será tratado no TP1). E, compartilhei também, poema "E agora, Gestar? Feito pelo blog: magestagem. Parabéns! Logo após, eu a formadora de matemática (Nairlene), socializamos o encontro da terceira etapa do GESTAR II, realizado em Gravatá-Pe (nos dias 22 e 23 de outubro de 2009). Em seguida, os cursistas se endereçaram às suas salas - PORTUGUÊS E MATEMÁTICA, para iniciar os trabalhos/oficinas.
Para dar início à oficina, passei os objetivos e toda fundamentação em slides (criados por mim), enfatizando os tipos, a história e exemplos de argumentação, em que o tema Transversal presente nesta unidade é Corpo e Saúde. Para focalizar os estudos da argumentação, respondemos as atividades 3 e 4 das páginas 19 e 20, com o objetivo de observar como se organiza um texto implicitamente argumentativo. Após, para continuar as atenções, mostrei os

"flashcards"(contendo diferentes textos publicitários) a fim de fazer a interpretação: A quem ele se destina? Do que pretende convencer? Como faz isso? E verificamos os tipos de argumentos presentes nas atividades: argumentos baseados em provas concretas, argumentos baseados no senso comum, argumento por exemplos, argumento de autoridade, argumentos por raciocínio lógico.

Compartilhei e fizemos a leitura das atividades: "Defendendo as ideias"-pg.15 (AAA6 - professor) e "Gravidez Precoce"- pg.30(AAA6- professor), como sugestão para trabalhar com os seus alunos. Dando continuidade, entreguei a cada cursista uma atividade da página 59 - AAA6 - professor - "Construa as suas próprias estratégias" com o objetivo de identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento do texto. Eis as produções das propagandas, que por sinal, os resultados foram ótimos:

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Antes de terminar a oficina no período da manhã, fizemos uma leitura compartilhada da atividade "Ler para gostar"- AAA6 - professor - pg.122, no sentido de despertar o interesse e apreço pela leitura literária. Ao ler essa atividade, combinamos que iríamos inaugurar o Palanque Literário, onde o professor iria apresentar um livro que já leu, ou história, e escolher a melhor maneira de fazer uma propaganda, para divulgar para seus colegas, isso no período da tarde.

Iniciamos a outra oficina, degustando um documentário da TV Escola "O saber e o sabor",
se discute de forma tão simples a educação, trazendo depoimentos de vários educadores, Teresinha Azeredo Rios, Rubem Alves, Ubiratan D´Ambrósio, entre outros, propondo reflexões acerca da nossa prática pedagógica, para internalizarmos o verdadeiro "saber" e o gostoso "sabor" do conhecimento, tendo em vista, o verdadeiro educador - aquele que nos ensina a pensar, refletir e colocar em prática os ensinamentos colocados em sala de aula. Após esse momento, os cursistas iniciaram as discussões da oficina.

Nesse segundo momento, abri discussão sobre o verdadeiro papel da literatura na sala de aula: Que livros têm trabalhado com seus alunos de 5ª a 8ª séries? Quais são seus critérios para essa indicação? Mas o que significa apresentar um livro? Um ponto importante é você levar os livros para eles folhearem, lerem alguma coisa, verem as ilustrações, se houver. Mas apresentar vai além: fale de cada livro com eles: das personagens, ou leia alguma cena engraçada, ou de suspense. Explore a capa, o título, se forem especialmente provocativos. Pode até falar do autor, se houver na vida dele um dado interessante para a turma. Em cada obra você encontra um apelo especial, que deve ser aproveitado. Enfim, mobilize seus alunos para a leitura de um dos livros, conforme os interesses e o estágio de cada um. Você vai ver que os motivos da escolha são os mais variados e legítimos (pg.195). Nesta perspectiva, a clientela - adolescentes - abrange obras literarias para diversos públicos:


  • Obras que abordam a própria figura do adolescente, com seus questionamentos e as angústias típicas desse momento de crescimento. Surgem os livros sobre os diversos relacionamentos: familiar, escolar, de depoimentos, com o predomínio do narrador personagem adolescente ou jovem (pg. 191).

(...)

Para finalizar essa discussão, usei o seguinte argumento: "se o grande objetivo do ensino da Língua Portuguesa é desenvolver nos alunos a competência para a leitura e a produção de variados textos, a leitura literária tem seu lugar na escola. Mas a leitura precisa ser feita na profundidade permitida pela obra literária. Quer dizer: para desenvolver um leitor crítico e sensível, a escola deve possibilitar ao aluno caminhar na sua forma de ler até poder chegar às grandes obras da literatura nacional e mundial" (pg.189). Cabe enfatizar que o professor tem que fazer um discurso vivo no âmbito de atuação na escola, lendo e procurando redescobrir no nosso aluno a literatura, ou seja, que a literatura seja uma presença constante no seu cotidiano. Nesse momento, foi inaugurado o "Palanque literário" para apresentações artísticas dos cursistas. A cada apresentação, surgiu o gosto por devorar as leituras de livros, histórias relatadas: Os Bons Ladrões - Paulo Mendes Campos; Da difícil arte de redigir um telegrama - Jô Soares; Escapando com a bola - Luiz Vilela; A Hora da Estrela - Clarice Lispector, dentre outros. Para incentivar a participação dos alunos, foi proposto a atividade "A providência divina" para posterior contação de causos(AAA6 - professor- pg.105).
No terceiro momento, foi reservado às Lições de Casa, que por sinal, os alunos se engajaram nas atividades propostas:
Os alunos da 8ª série E (orientados pela professora Claudevânia) produziram um gênero textual: fábula, intercalando no texto as palavras dadas.

Lição de Vida

Era uma vez um rapaz que se chamava Muxuango e tinha 7 anos, e seus pais morreram em um acidente de carro a 5 anos atrás. Um dia, ele estava em casa quando ouviu o telefone tocar, e recebeu a grave notícia de que seus irmãos tinham sofrido um grave acidente de carro após voltar de uma balada, em que Hermeneuta, Vituperado, Falácia, Defenestração, Perfunctório morreram e Ignóbil e Sibilino estavam gravemente feridos. E Muxuango foi imediatamente para o hospital. Chegando lá, Apoplexia perguntou às enfermeiras se seus dois irmãos que estavam feridos estavam internados naquele hospital. As enfermeiras disseram que sim. Ele esperou o doutor Uxoricídio para receber as notícias. Passado uma hora, o doutor aparece e diz que seu irmão Ignóbil está em coma, e seu outro irmão tiveram que amputar as pernas. Muxuango entra em depressão porque perdeu seus pais em um acidente, e estava perdendo também seus irmãos. Sibilino quando soube que tinha amputado as pernas, entrou em desespero, mas depois se conformou, teve alta e se tornou um cara legal e solitário, para quem era um vagabundo, a vida lhe deu uma lição. E Ignóbil, depois de um mês, saiu do coma, o que foi uma surpresa para os médicos, ficou traumatizado para quem era um drogado, e alcóolico, deixou o mundo das drogas e do alcoolismo, casou, teve filhos e venceu honestamente. Muxuango também se casou e formaram uma bela família.

MORAL DA HISTÓRIA: Mude hoje, para amanhã não sofrer as consequências.

Equipe: Carla Fernanda, Joyce e Grazieli

Brevemente socializarei mais produções dos alunos.

Betânia (formadora - Santa Cruz-PE).

domingo, 1 de novembro de 2009



Na escritura deste memorial sobre minha história com a leitura, volto e revivo momentos de encantamento, imaginação e, sobretudo, imagens guardadas e despertadas. Estavam presentes, palavras ditas, escritas, que, estarão aqui, fazendo (e fizeram) parte desses episódios relevantes em minhas recordações nos tempos de escola, no jardim-de-infância, alfabetização, 1ª a 4ª séries, ensino fundamental, ensino médio e superior, e vendo, em partes, posturas diversas de alguns profissionais da educação.
Meus pais foram responsáveis pela continuação dos estudos, por contribuir e incentivar minha trajetória estudantil. Que, os dois, por não terem concluído seus estudos, sabiam que a educação e a sua valorização prevaleciam, haja vista, estavam presentes em seus discursos.
Recordo-me no início deste processo: cantigas, brincadeiras e habilidades artísticas no período de jardim-de-infância. Se não me engano, o nome era Eleneuza, minha primeira professora na Escola Domingos Sávio, em Ouricuri-Pe. Em seguida, estudei na Escola Telésforo Siqueira, por volta de cinco anos, na época, era alfabetização, e 1ª a 4ª séries. A professora que nos acompanhou desde a 1ª série foi “Dona Luiza”, sempre dedicada, carinhosa, se empenhou para desenvolver nossas habilidades fundamentais para a inserção no mundo da escrita.. Lembro que nesse período, eu era muito tímida, mas “afoita” para as apresentações culturais. Todos os anos eu participava dos desfiles cívicos, que eram muito esperados, em cima dos carros alegóricos “Alice no País das Maravilhas”, dentre tantos outros. Lembro-me que ganhei de minha mãe, uma coleção completa dos livros clássicos: “Chapeuzinho Vermelho”, “Branca de Neve e os Sete Anões”... E ficava horas compenetrada, ouvindo e imaginando as cenas retratadas, complementadas pela ilustração dos livros. Até a minha avó materna – Mercês Coelho-, colaborava e incentiva os estudos, ganhei dela uma cartilha – literatura usada no modelo de alfabetização mecânica da época - ou livro de alfabetização, com atividades como: O coelho vê a pipa. Cacá vê a pipa. Sempre estive rodeada pela leitura, adorava comprar revistas em quadrinhos da Mônica, Cebolinha e Cascão, que por sinal, nunca esqueci o castigo que recebi da professora Luiza, ao ver que estava levando para a sala de aula. O que estava acontecendo naquele momento? Era certo?! Não sei. Só sei que adorava lê-los.
Quando cheguei ao Ensino Fundamental II, na Escola Estadual Fernando Bezerra Coelho, precisamente de 5ª a 8ª séries, senti aquele impacto: tinha vários professores nos ensinando. Como eu senti falta da professora Luiza! Mas, aos poucos, fui me adaptando. Nessa época, colecionava papéis de carta, ilustrados, com poesias diversas, “era a temporada das Pastas de Papel de Carta”, ficávamos trocando com as colegas e enviávamos carta aos conhecidos. Depois, foi à vez dos diários, todos queriam colocar suas preferências nele. Este continha várias perguntas, deixávamos mensagens, preferências de livros, músicas... Foi através deste meio, que por curiosidade li o livro “Poliana Moça” – pois tinha dado como melhor livro de algumas pessoas. Foi uma época bastante enriquecedora pra mim, vivi momentos prazerosos com meus colegas e, compartilhei muitos saberes. Sem esquecer, os registros diários de minha vida, colocando neste, desabafos, segredos de adolescente, que por sinal, eram guardados a sete chaves, para que ninguém pudesse encontrá-los. Algo que recordei neste momento, foi ter lido um livro, não lembro exatamente o nome, mas que nele continha como uma pessoa devia se portar diante dos outros, creio que era pra me ajudar a desinibir, a me soltar mais. Uma frase que nunca esqueci, foi a de que “um bom conversador é aquele que sabe ouvir, e espera a vez de falar”. Carreguei esta, até hoje, internalizada em minha memória. Dentre os divertimentos, montei uma sala de aula no muro da minha casa, e eu, é claro, era a professora. E olha que não faltava nada neste cenário: mesa pequena lembro-me que era azul, de madeira com quatro cadeiras, quadro, giz e apagador, e as colegas, ou alunas, traziam seu material escolar: caderno, lápis, borracha, lapiseira, e tinha até o lanche, que pegava no armazém de meu pai: chiclete, chocolate, bombons, essas guloseimas que todos adoram. Desde pequena, dizia que ia ser professora, ou mesmo, já estava sendo a partir desse período, nas brincadeiras.
Sempre fui muito curiosa, gostava de estar “ligada” em tudo que acontecia. Minhas irmãs gostavam de ler revistas de romance, “Júlia, Sabrina”, todas colecionavam essas revistas. E eu, também guardava um tempinho para vislumbrar nas entrelinhas desta revista amores perfeitos, romances platônicos...
Uma aula que ficou gravada em minha memória, foi durante a 7ª série, na aula de inglês, em que a professora Doralice levou uma música, onde todos cantaram e apreciaram: “Sunshine oh my shoulder – de John Denver - .
Enfim, chegando o Ensino Médio, a turma se dissipou (era a mesma desde a 1ª série) e alguns se matricularam na Escola Normal São Sebastião (Magistério) por três anos.
Depois de tanta insistência, consegui ir morar em Petrolina-PE, fazer um curso Pré-Vestibular. Senti dificuldades, pois algumas disciplinas não foram trabalhadas no magistério. Exatamente no ano de 1999, passei no vestibular de Letras – FFPP – UPE. A professora destaque na universidade foi Clara. Tinha um jeito de ser, encantadora, autêntica e convincente nas suas aulas. A disciplina era Teoria da Literatura, contava com tanta eficiência as histórias clássicas que, contagiava a todos, inclusive a mim, que era sua fã de carteirinha, pois construí acesso ao mundo da leitura e da escrita. Adorava suas aulas, eram dinâmicas, prazerosas e acima de tudo, despertou o prazer que tem a leitura. Ela gostava muito de ler os livros de Machado de Assis, e isso, contagiou-me até devorar algumas leituras: “O Alienista”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro”; e também obra de Graciliano Ramos – São Bernardo; Senhora e O Guarani de José de Alencar, dentre outros. Como também, livro de Jorge Amado, com uma linguagem simples, soube descrever a vida cotidiana das pessoas: Capitães de Areia, Dona Flor e Seus Dois Maridos...
Nunca achei nenhuma matéria inútil, mas algumas delas se tornaram mais significativas e apreciadas.
Entretanto, esse embarque no mundo letrado faz parte desde muito pequena, onde apreciávamos os lugares, cartazes em nossa volta, objetos, tudo refletindo nosso convívio no meio social e cultural.

“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia das nossas palavras. O professor, assim, não morre jamais...”

Betânia (formadora - Santa Cruz - PE)
www.procurandoacertar.blogspot.com