domingo, 4 de outubro de 2009

Estudo Final do TP4











"ler é um engajamento existencial que deve ser despertado no indivíduo desde muito cedo, no início de sua trajetória humana. Por isso tem de acontecer pelo viés do lúdico, do prazer; da brincadeira gostosa na qual se vai jogando com todos os fantasmas do inconsciente"


No último sábado 26 de setembro de 2009, na Escola Municipal Anselmo Cordeiro, aconteceu a 5ª oficina do GESTAR II em Língua Portuguesa através da Secretaria Municipal de Educação - Santa Cruz - PE. De início, entreguei por escrito"O que é e por que usar o portfólio? de Cedna Maria Silva Lelis, a cada cursista, explanando seu real significado, e que a sua construção possibilitará uma avaliação formativa tanto na aprendizagem do aluno quanto do professor. Em seguida, comentei sobre a "Avaliação Diagnóstica" de entrada - Português e Matemática - foi também enviado um cd contendo provas para aplicação nas escolas.

Os vídeos "Paisagem de Interior e Matuto no cinema", ambos de Jessier Quirino abriram de fato nosso encontro com risadas e sentimentos de valorização cultural, presentes neste vídeo. Nossos estudos partiram do Caderno de Teoria e Prática - TP4 - unidades 15 e 16, que tem como tema motivador "cidade" - diversidade cultural, explorando a leitura e a escrita.

Utilizei uma atividade AAA4 do professor (páginas 97-98) para que em duplas ordenassem os textos, com o objetivo de ler para aprender; conhecer a estrutura do texto e saber reconhecer durante a leitura as pistas que o próprio texto oferece. Após, fiz a leitura dos objetivos da unidade 15:
  • Conhecer as várias funções e formas das perguntas, na ajuda à leitura do aluno;
  • Utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto;
  • Utilizar procedimentos adequados para atingir o objetivo de ler para aprender.
Com o intuito de iniciar nossas discussões, fizemos a leitura do texto "Por que meu aluno não lê?"(páginas 147-148) e respondemos oralmente as questões da página 149. Através deste, o espaço foi de conhecer as várias funções e formas de perguntas na ajuda à leitura do aluno, que segundo Kleiman, para despertarmos o gosto do aluno pela leitura, primeiro devemos ser leitores, ter paixão pela leitura, ou seja, viajar no mundo da imaginação, utilizando, principalmente, procedimentos adequados para atingir o objetivo central que é ler para aprender. Um dos passos importantes para ajudar o aluno a ler para aprender, o caderno TP4 traz sugestões claras na página 138:
Agora, releia o texto para a chamada "leitura compreensiva". Nesta segunda leitura, ao contrário da primeira, detenha-se quando e quanto achar necessário. Nessa leitura, seria bom ter um lápis à mão, porque você pode fazer marcas no texto. Procure seguir estes passos:
A)Se alguma palavra ficou obscura na primeira leitura, sublinhe-a, só quando estiver passando por ela. Você vai ver se é necessário procurar conhecer seu significado mais preciso para entender o texto, ou se seu significado vai construir-se na própria leitura. Liste as palavras para as quais você considera imortante a consulta ao dicionário.
b)Sublinhe a ideia ou as ideias que lhe parecem mais importantes em cada parágrafo. (Lembre os cuidados na determinação delas: não sublinhe exemplos, repetições, etc).
c) Marque os termos de relação entre as ideias.
d) À margem, você pode, se quiser, fazer marcas para indicar trecho que não compreendeu (?), ou que você considerou muito bom (!), ou discutível (?!).
Todos esses sinais vão ser úteis para facilitar sua releitura. Apenas tome o cuidado de não marcar demais o texto, sob pena de perder-se no emaranhado de sinais.)

Nossas perguntas têm ajudado nossos alunos a procurarem caminhos para a leitura de lazer, ou para a busca de mais informações, ou para confronto de opiniões e formas de viver?
Abordei o cursistas sobre os tipos de perguntas que fazemos; em que lemos e discutimos procurando esclarecer que as perguntas exigem de nós posturas diferentes. (páginas 121 - letras A-D).
A - Se a questão pede apenas a extração de dados claros no texto, podemos pretender uma resposta praticamente igual de todos os alunos. Se houve discrepâncias, nosso trabalho será o de ajudar o aluno a reler o texto para encontrar o dado pretendido.
B - Se a pergunta supõe inferências, e elas caminharam para uma compreensão inadequada ou incorreta, temos de buscar, por meio de outras perguntas, a forma de garantir respostas possíveis para o texto.
C - Se a pergunta pressupõe respostas variáveis, em função de valores, nenhuma pode ser considerada "errada", embora possa merecer comentários e registros do professor, se se tratar de um preconceito, de uma intolerância. Esses casos são muito delicados, mas o professor deve procurar argumentos que evidenciem, não o "erro", mas formas diferentes de ver a questão. Não será um problema superado imediatamente, e pedirá do professor outros textos e outras situações para a abordagem da questão.
D - Se a pergunta vai no sentido da expressão do gosto do aluno, não há respostas erradas. No máximo, o professor pode registrar as opiniões para orientálo em outras escolhas de texto. Nesse caso, a discussão com os colegas é de grande valia, não só por apresentarem outras opções, como também para se criar o respeito às posições diferentes. Esse "gosto diferente" e nem sempre muito apurado mostra claramente a necessidade de propiciar aos alunos um contato com textos diversificados e de qualidade.


Precisamente, às 10:00h demos uma pausa para o lanche. E voltamos rápido para fechar essa unidade. Mas antes de terminar a unidade 15, a professora Solange fez a leitura de seu memorial, visto que os cursistas irão me entregar na próxima terça-feira (29 de setembro).
Através da seguinte pergunta: COMO VOCÊ MINISTRA SUAS AULAS DE REDAÇÃO? Foi o pontapé inicial para trabalharmos a unidade 16 - Produção textual - crenças, teorias e fazeres, com os seguintes objetivos:
  • Identificar crenças e teorias que subjagem às práticas de ensino da escrita;
  • Relacionar as práticas comunicativas com o desenvolvimento e o ensino da escrita como processo;
  • Identificar dimensões das situações sociocomunicativas que auxiliam no planejamento e na avaliação de atividades de escrita.
Em seguida, discutimos o texto "A redação e o dicionário" de Lygia Bojunga Nunes, e respondemos as questões 1 e 2 (páginas 170-171). Essas discussões foram proveitosas, visto que, o assunto em questão foi à produção textual, em contrapartida, a autora retrata uma prática comum nas aulas de redação, que é restrição à correção do texto: ortografia, acentuação e, tratando os elementos coesivos superficialmente. Para aprofundar melhor esse assunto, o TP5 irá discutir detalhadamente sobre produção textual - coesão e coerência. Também utilizamos um texto de apoio "As minhas não-férias". Trouxe à tona, os mitos e crenças às práticas de ensino da escrita, e muitas vezes, essas crenças nos levam a formar preconceitos no nosso dia-a-dia e no nosso fazer em sala de aula.
1. A escrita é uma transcrição da fala.
2. Só se escreve utilizando a norma padrão.
3. Todo bom leitor é um bom escritor.
4. Na escola escreve-se para produzir textos narrativos, descritivos e dissertativos.
Esses tópicos foram bem assistidos coletivamente, trazendo reflexões e mudança de postura frente aos nossos fazeres em sala de aula.
O momento de socialização do "Avançando na prática", mais uma vez, sinto o entusiasmo do professor frente à proposta do GESTAR II.

Em breve colocarei as produções "Lição de Casa".

Sucesso,
Betânia (formadora)








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