domingo, 13 de dezembro de 2009

Expressões Artísticas

RELATÓRIO TP1



No dia 21 de novembro de 2009, aconteceu mais um encontro de Formação Continuada – GESTAR II – Língua Portuguesa e Matemática em Santa Cruz – PE, na Escola Municipal Anselmo Cordeiro Guimarães. Os Cadernos de Teoria e Prática a serem trabalhados neste encontro foram o TP1 (Português) e TP5 (Matemática), no total de oito horas. De início, passamos um vídeo perfeito de Aramis Trindade (pernambucano) – Ai deu Sodade. Para deixar a “preguiça” de lado, passei os slides Abraço Mineiro (Bom dia) para recepcioná-los e dar boas vindas. Como sugestão para uma das oficinas, utilizei a crônica de Carlos Drummond de Andrade – A secretária – onde fiz a leitura e discutimos a sua intenção e interpretação ao fazê-la, criando assim um cenário para dar mais autenticidade.




Nesse encontro discutimos conceitos como variação lingüística, texto, intertextualidade. O TP1 trabalha o texto e as variantes da língua como decorrentes da ligação entre linguagem e cultura. A língua não reflete só sobre o mundo, mas reflete também o mundo. Quer dizer, ela expressa a cultura dos sujeitos e dos grupos. Na segunda, vamos ver que as línguas apresentam variações no tempo e no espaço. (Pg. 13). A reflexão sobre a língua/cultura estará presente em nossas discussões nesse encontro, para que relacionem língua e cultura e identifiquem os principais registros do Português. Levando a perceber que o sujeito aprende a sua língua em convívio com a família, amigos, pessoas que estão ao seu redor e participando do seu cotidiano. Cada um vai construindo seu saber e assimilando os usos lingüísticos no grupo ao qual pertence.

A colonização no Brasil foi híbrida: portugueses e africanos, os quais já traziam também influência de outras culturas, sobretudo, os portugueses com as Grandes Navegações em busca do Novo Mundo. Há também a contribuição indígena, tudo isso mais a própria dinamicidade das línguas justifica tal variação.
Nessa perspectiva, distribui o texto “Babel é aqui: todas as línguas do português – Aya Ribeiro – cada qual grifando as palavras com sua devida origem. Em seguida, passei os slides fundamentando nossa discussão. Respondemos a atividade da página 24 – Atividade 3 – percebendo que a língua varia de região para região. E a atividade 5 da página 26, para identificar dialetos profissionais e a que profissão se referem. Em ambas as atividades, cada uma se refere a dialetos, que cumprem perfeitamente suas funções, no âmbito em que são usados, ou seja, nenhum é melhor do que o outro.
“Antes de terminar a Escola Normal, eu trabalhava numa livraria. Um dia, um senhor entrou na loja, se dirigiu a mim no balcão e perguntou: Aqui tem orelhão? Eu respondi: Não, mas logo ali na esquina tem. Pensava que ele queria telefonar. O freguês olhou para mim, sorrindo, e explicou: Não é oreião. É o Orelhão, aquele dicionário grande. Só então eu entendi que ele queria comprar um “Aurelião”, quer dizer, o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda em formato grande... (Marcos Bagno, A língua de Eulália) pg. 43 – AAA1.

Para que os cursistas identificassem os principais registros do Português: o formal e o informal. Entreguei o texto “Relógio Azangado”, que fala de sua infância e sua linguagem, e começamos a discutir também a unidade 2: variantes lingüísticas- desfazendo equívocos, por meio dos slides “Chico Bento: o orador da turma”, que todos apreciaram e ficaram ansiosos pelo final da história. Nessa unidade, os objetivos são para relacionar língua, cultura e práticas sociais; Língua e Exclusão.

Lemos a Carta do Alfredão e discutimos o problema de comunicação que houve porque os interlocutores não partilhavam o mesmo código. Nesta continha modos diferentes de comunicação – gírias – e abriu espaço para a leitura do texto de Aya Ribeiro “Um passeio pelas gírias através dos tempos”, em que dividi o texto em partes, para que cada um reescrevesse para a linguagem formal (exercício epilinguístico). Logo após, apresentei o slide “A decadência da música brasileira”.

Voltando ao nosso ilustre escritor Carlos Drummond, fizemos a leitura da crônica “A outra senhora” fazendo a interpretação oralmente: - Na sua opinião, que intenção teria o autor, ao fazer essa crônica? Independentemente de sua opinião, parecem claras duas críticas do autor. Quais são elas?

Para embarcarmos na unidade 3: o texto como centro das experiências no ensino da língua, abri espaço para a seguinte indagação: Qual é a necessidade de uma unidade para tratar dessa questão? É que nos estudos mais recentes, não só o conceito de texto se ampliou muito, como também se modificou significativamente o entendimento sobre os elementos a se enfatizarem no trabalho com textos (pg.97). Nos estudos mais recentes, a linguagem é entendida como interação. Podemos apresentar o que entendemos por TEXTO: é toda e qualquer unidade de informação, no contexto da enunciação (pg.100).

“Nas curvas do teu corpo capotei meu coração.” Frase de pára-choque de caminhão

  • Você considera que essa frase constitui um texto? Justifique. (pg.101).

Terminamos essa manhã super proveitosa, fazendo uma paródia intitulada “As aulas do Gestar”.

Começamos nosso encontro da tarde todos envolvidos e comovidos em seus tons artísticos cantando....cantando....cantando.....as paródias musicais (slides), pra nenhum botar defeito. Rsrsrsrsrsrs. Os cursistas estavam compenetrados em suas produções artísticas, fazendo suas paródias, estou bestificada com o talento deles.




Reciclando
(parodiando a música de Rita Lee – Água na boca)
O Gestar II me dá...
Muito sufoco.
Tirando muitas dúvidas....
Criando outras.
Depois vai clareando...
Ficando tudo azul.
São textos espalhados....
Pra todo lado.
Começam criar vidas...
E sensações.
Humor, paródia, gíria...
Que maravilha.
Depois muitas risadas...
De todas conclusões.
Em outras oficinas começa...
Tudo de novo.
Nada melhor do que se reciclar
Fazer o Gestar um lazer de cultura

Antônia Nunes






XOTE EDUCATIVO

Não posso mais parar
De pesquisar
Pois agora em Santa Cruz
Já chegou o Gestar
Ele é um programa inovador
Agora todo mundo vai mostrar o seu valor.

Cadê as oficinas? Já realizei
Cadê o relatório? Já relatei.
E o planejamento? Eu já planejei
Agora é aplicar, e os alunos estudar.

Não posso mais parar
Vou ter que incentivar
A nossa educação
Com o Gestar vai transformar
A formadora já nos orientou
E a nossa prática já se transformou.

Maria Elieuma, Maria Zilma e Solange Alves.





TENTE OUTRA VEZ

Veja...Não diga que a educação está perdida
Tenha fé no Gestar tenha fé na vida.

Insista...pois o Gestar é a nossa fonte
Você tem a solução para cruzar a ponte
Nada acabou, não, não,não

Tente, use a aprendizagem e recomece a ensinar
Não pense que a educação agüenta
Se o educador parar
Não, não, não.

Há uma formadora que canta
Uma formadora que dança
Uma formadora que ensina no Programa Gestar,

Queira, basta ser dedicado e desejar profundo
Você será capaz de transformar o mundo.

Vai tente outra vez, tente
E não diga que a educação está perdida
Se é de aprendizagem que se vive a vida
Tente outra vez

Patrícia Antunes, Jackson Amorim, Francisca Claudevânia


Adentrando na intertextualidade passei os slides (fundamentação) que foi bem absorvido. Passei em slide o livro “O carteiro chegou” – Janet & Allan Ahlberg, fazendo alusão a outras histórias infantis. E vimos outro slide preparado pela nossa orientadora: intertextualidade. Logo após, foi reservado para a socialização do Avançando na Prática.




















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